Quando Desisti do Amor
Sempre fui uma miúda Sonhadora. Sempre fui uma cachopa Romântica. Sempre fui uma rapariga Pura. Até Desistir!
Comecei a desistir do Amor quando a pessoa com quem entrelacei os meus lábios pela primeira vez me partiu o coração de tal forma que deixei de acreditar em mim mesma.
Tentei mais uma vez, mas descobri o amargo sabor da traição.
Mesmo assim, sonhadora, romântica e pura que era, voltei a acreditar no Amor, quando me entreguei de corpo e alma a outro alguém. Amei. Amei muito. E, descobri que as pessoas fingem Amor, que nem sempre existe Reciprocidade, que nem sempre pensamos no Outro e que, nem sempre cuidamos do Amor. Imaginei, que o primeiro homem a quem me desse, seria o único (Ah. O Iludida que eu era!).
Foi aqui que deixei o Amor de parte...
Durante anos afastei o Amor ou qualquer tipo de seus derivados! Não era menina de chuviscos . Ou me molhava ou não seria para mim! Dançar há chuva a dois não tem piada quando se dança com "chuva molha parvos".
Obriguei-me a tentar Amar, ao fim de uns anos. Mas descobri que, quando duas pessoas forçam Amor, o desastre é monstruoso. Mais ainda quando a pessoa com quem partilhamos a vida não nos respeita. Jamais seria possível amar outro quando nos fazem não nos amarmos a nós mesmas!
Posso dizer que voltei a Amar, quando reencontrei o meu primeiro Amor. Sim, Amei! Retrocedi no tempo e amei. Mas, numa fase adulta, não é bom voltar à adolescência. O Passado deve de ficar onde ele pertence, no Passado. Quís o Destino que, ao invés de chuva, eu me molhasse num diluvio mental e me trovejasse no peito.
Perdi-me.
O Amor não seria, de todo, para mim.
Confesso que, há pouco tempo, tive Esperança de que pudesse voltar a Acreditar. Mas, quando tens um coração envolto em arame farpado, é necessário extremo cuidado, tempo e dedicação para o libertar. E talvez só um Amor muito puro conseguisse cortar esse arame sem se ferir a ele e a mim... Se ele existisse!
Se me perguntarem se acredito no Amor... no dia em que me molhar, vou acreditar. Agora, não.